quinta-feira, abril 17, 2025
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“Taxa do aço” de Trump deve subir dólar no Brasil; entenda

Taxa sobre importação do aço brasileiro criada pelo presidente americano deve impactar produção e empregos no país

Desde que voltou à presidência dos Estados Unidos, Donald Trump tem anunciado uma série de medidas polêmicas que criaram um clima de animosidade entre diversas comunidades locais e países com quem os EUA possui relações.

Na mais recente, Trump afirmou a jornalistas, durante uma viagem para assistir ao Super Bowl no último domingo (9), que qualquer aço que entrar nos Estados Unidos deve ser tarifado em 25%. Caso o desejo de Trump se concretize, a siderurgia do Brasil será diretamente afetada, com riscos como: redução da produção, aumento do dólar e corte de empregos.

Atualmente, os Estados Unidos são os maiores importadores do aço brasileiro, atrás apenas do Canadá. Só em 2024, as siderúrgicas brasileiras venderam quase quatro milhões de toneladas de aço aos americanos, o equivalente a US$ 3 bilhões (aproximadamente R$ 17 bilhões) em exportações.

Com a sobretaxa de Trump, as siderúrgicas nacionais terão que se desdobrar para vender os excedentes da produção para outros países.

“A realocação desse volume é um desafio enorme”, afirma o professor de Finanças e Governança Corporativa da ESPM, Jorge Ferreira dos Santos Filho. “A alternativa seria ampliar as exportações para a China. Outras opções seriam países da União Europeia e do Mundo Árabe, que aumentaram a demanda ao longo dos últimos anos”, concluiu.

Caso o Brasil não consiga exportar o aço exced qente, o mercado nacional dificilmente conseguirá absorver a produção, já que está desaquecido, o que pode causar um aumento do dólar no país, uma vez que haverá menor entrada da moeda americana.

Desemprego pode aumentar

Caso o cenário piore, siderúrgicas poderão cortar empregos, já que ocorrerá uma diminuição da produção. Esse cenário ocorreu no primeiro mandato de Trump (2016-2020), quando o presidente americano também elevou as taxas sobre o aço.

Somente empresas brasileiras com fábricas nos Estados Unidos devem aproveitar a situação. Enquanto no Brasil, outros setores também devem sofrer com a taxação, como fornecedores da cadeia de matérias-primas, transportadoras e indústrias que dependem do aço, o que também pode ocasionar demissões em massa.

Economia nacional não será afetada

Mesmo com a taxação, a economia brasileira será pouco afetada, já que a exportação de aço tem baixa participação no PIB (Produto Interno Bruto). Com isso, o presidente Lula pode confrontar Trump com uma sobretaxa. No entanto, tudo deve ser feito com negociação e cautela, já que a “taxa do aço” não mira somente o Brasil, mas diversos países produtores. Caso uma retaliação ocorra, Trump pode direcionar suas ações diretamente contra o Brasil, colocando na mira produtos com maior peso na economia nacional.

Fonte: Andreia Santana, Com informações do UOL – 11/02/2025

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