Auster escreveu mais de 30 livros que foram traduzidos para mais de 40 idiomas. Em 1982 ele se tornou conhecido por ‘A Invenção da Solidão’, com as memórias sobre seu pai.
Paul Auster, escritor americano, famoso por seus romances sobre pessoas à margem da sociedade, morreu na noite desta terça-feira (30), aos 77 anos. Auster tinha sido diagnosticado com câncer há pouco mais de um ano.
Segundo o jornal “The New York Times”, a morte de Paul Auster foi confirmada por uma amiga, Jacki Lyden.
Em 2023, o escritor iniciou um tratamento no Centro Oncológico Memorial Sloan Kettering de Nova York.
Nascido em 1947 no estado de Nova Jersey, Auster tornou-se um símbolo literário de Nova York. Autor de cerca de 30 livros, foi traduzido para mais de 40 idiomas. Em seus romances o autor explora o tema do acaso e como as coincidências mudam a vida de seus personagens.
Em 1982 ele se tornou muito conhecido por “A Invenção da Solidão”, memórias inquietantes sobre seu pai.
A partir de 1985, ele inicia a sua “A Trilogia de Nova York”, com as obras “Cidade de Vidro”, a primeira da série, “Fantasmas” (1986) e “Quarto fechado” (1986). Nestes, os personagens buscam suas identidades como detetives pelas ruas de Manhattan.
Entre seus trabalhos ainda estão sucessos como “Moon Palace” (1989), “O livro das ilusões” (2002) e “Desvarios do Brooklyn” (2005).
/i.s3.glbimg.com/v1/AUTH_59edd422c0c84a879bd37670ae4f538a/internal_photos/bs/2024/j/L/ULvVzSS7OlyBwRAv1lkA/paul-auster.jpg)
Como roteirista, Auster contribuiu para o filme “Smoke”, que retrata almas perdidas girando em torno de uma loja de cigarros no Brooklyn, e sua sequência “Brooklyn Boogie”. Ele dirigiu esses dois filmes ao lado de Wayne Wang.
Seu último romance, “Baumgartner”, foi publicado no fim do ano passado. Neste, ele fala sobre o luto a partir das memórias de um professor que perdeu a esposa. O livro foi concluído, em 2022, ano em que foi diagnosticado com câncer.
Auster, descendente de judeus ashkenazi, estudou literatura francesa, italiana e britânica na Universidade de Columbia, em Nova York. Após os estudos, viveu em Paris de 1971 a 1975, quando traduziu poetas francesese se manteve ao realizar outros trabalhos antes de poder ganhar a vida como escritor. A herança do pai, que morreu em 1979, permitiu ao autor se dedicar à escrita.
Fonte: g1 – 01/05/2024