Evento na noite desta quarta-feira (5) em Ribeirão Preto, SP, reuniu especialistas no universo fashion e cantoras para falar sobre liberdade e atitude na hora de se vestir.
Música boa, moda e atitude são ingredientes presentes na receita de festivais que, assim como o João Rock, celebram a liberdade de expressão, a autenticidade e a diversidade.
O fazer artístico, expressado nas atitudes, na produção musical e na forma de se apresentar através do visual, foi o tema central do primeiro encontro da 21ª edição do “Papo João Rock”, realizado nesta quarta-feira (5) em Ribeirão Preto (SP).
O evento gratuito, que reuniu nomes como o da colunista da Vogue Brasil, Luiza Brasil, da escritora e podcaster Camila Fremder, da cantora e compositora Tássia Reis e da cantora ribeirão-pretana Thalicia, abordou a boa fase do país em relação à música e à moda.
“O Brasil vive um momento muito positivo quando a gente fala tanto da moda, com os novos designers que estão levando nossa criatividade para o mundo, assim como na música, que tem tantos veteranos quanto novos nomes também potencializando a nossa arte. Isso tudo na soma, no final de tudo, é o que traduz a atitude de ser brasileiro, a nossa identidade, nossa imagem e nossa cultura”, afirma Luiza Brasil.
Moda consciente
Mais do que uma convenção social, a forma de se vestir e se enfeitar carrega uma série de fatores sociais, culturais e pessoais. Em ambientes como festivais de música, a roupa, o penteado e os acessórios podem manifestar intenções diversas, como protestos, pertencimento a determinados grupos e quebra de padrões sociais.
“O João Rock é um dia muito esperado para as pessoas. A galera se liberta, se joga. Quem trabalha de terno de segunda a sexta chega no João Rock e bota aquela jaqueta toda rasgada. Então eu acho que é isso, essa liberdade de você conseguir se jogar”, diz Thalicia.
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Brasilidade
Num espaço como o João Rock, onde os artistas nacionais são exaltados, a brasilidade é motivo de orgulho. Na hora de escolher o que usar, não é só a estética que pesa, mas também a produção por trás de cada peça.
O estímulo ao consumo nacional e a defesa do direito de se expressar sem preconceitos foram pontos altos da conversa.
“A grande bobeira é quando a gente se oprime por causa do julgamento do outro, achando que usar a coisa x é cafona. Eu acho que a moda é para ser uma ferramenta de expressão, de liberdade, para a gente não se levar tão a sério”, afirma Luiza Brasil.
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Sustentabilidade
Responsável por um acervo de roupas em São Paulo que estimula a moda circular, a cantora Thalicia destaca a importância de se manter consciente não só sobre as intenções de um visual, mas sobre o impacto que a construção dele gera, principalmente, ao meio ambiente.
“É entender que o mundo hoje não comporta mais esse consumo desenfreado. A gente está precisando mudar e brechó, armário compartilhado, têm muita coisa legal, muita opção bacana”, afirma Thalicia.
No bate-papo, as palestrantes trocaram experiências pessoais com a moda consciente e estimularam a mudança de comportamento e o abandono do consumismo.
Reutilizar, customizar, fazer trocas ou até mesmo alugar peças são algumas das atitudes para quem deseja praticar o consumo sustentável.
Fonte: Larissa Vieira, g1 Ribeirão e Franca – 06/06/2024